quarta-feira, 31 de março de 2010

DENTINHO responde

Periodicamente o Corinthians abre o site para os torcedores fazerem perguntas a algum jogador específico.
Já foram entrevistados:

Marcelinho Carioca, Defederico, Ronaldo, Edu e Mano Menezes

O último foi Dentinho. As respostas você confere aqui embaixo.


Fiel Entrevista: Dentinho

31/03/10 - 15h00
Redação Corinthians

Como você chegou ao Corinthians?
Eu jogava na escolhinha de futebol do meu procurador José Ferreira. Através de um olheiro do meu ex-empresário. Fui até o escritório dele e ele me apresentou três propostas, para ir pra um time do Rio, um de Minas e pro Corinthians. Aí minha mãe falou “ah, no Rio não, é longe. Minas Gerais também não, então vamos tentar fazer peneira no Corinthians“. Cheguei aqui fazendo teste, passando na peneira.

Qual pessoa te deu o maior apoio no começo de sua carreira?
As pessoas que me deram mais força são da minha família. Minha mãe, meu irmão, minha namorada.

Qual a maior dificuldade que enfrentou no início?
Ser uma pessoa que não tem condições. Não tinha dinheiro pra condução... Ser de uma família bem humilde foi minha maior dificuldade.

Você imaginava que chegaria onde chegou?
Imaginava! Meu sonho, desde pequeno, era ser jogador. E eu sempre fui corinthiano desde pequeno, então imaginava jogar no Corinthians e, graças a Deus, realizei esse sonho.

E sonhava em fazer sucesso tão cedo?
Imaginava também. Estava tudo na minha cabeça. Quem trabalha e procura seu espaço Deus ajuda também.

Em quem você se espelhou para seguir a carreira de atacante do Corinthians e quem é seu ídolo?
É engraçado, tenho uma história engraçada pra contar. Quando eu era pequeno, meu pai falava para mim “eu sou seu pai”. E eu respondia “não, meu pai é o Ronaldo”. Sempre fui muito fã dele, do Ronaldinho Gaúcho. Essas duas pessoas eu sempre me espelhava bastante.

Como foi subir para o profissional em 2007, ano marcado pela queda no Brasileirão?
Foi um ano bastante complicado, muito difícil por tudo que aconteceu. Mas, para mim, foi um ano muito, muito... triste para mim, mas que me ajudou bastante para eu aprender. Aprendi bastante. Meu primeiro ano como profissional, fiquei muito chateado porque caiu, mas depois consegui dar a volta por cima no ano de 2008 e fazer uma bela história. E pretendo continuar dando belas alegrias pra torcida do Corinthians.

Até onde ser corinthiano de coração interfere no lado profissional?
Pra mim, não interfere em lugar nenhum. Estou tranquilo, cabeça boa... Tem uns que falam que não pode ser tão fanático, mas eu sou muito fanático pelo Corinthians mesmo. Sou corinthiano, então pra mim não interfere em nada.

O que sente quando entra em campo e ouve a Fiel gritando seu nome?
A emoção é bastante grande. É um momento maravilhoso, fico todo arrepiado. Toda vez que eu entro em campo e a torcida grita meu nome eu fico arrepiado. Você sabe que é do sangue, de pele, essa pele corinthiana que tem aqui, então... é maravilhoso!

Como é para você jogar ao lado de craques renomados como Roberto Carlos e Ronaldo?
É uma honra! Uma coisa maravilhosa, estou aprendendo muito com os dois, ganhando bastante experiência. Eles me ensinam muitas coisas, dão conselhos para mim. Isso é muito importante. Eu procuro aproveitar cada momento que estou jogando ao lado deles.

Quais as maiores amizades que você tem dentro do elenco?
Minha maior amizade foi o Lulinha, que foi embora. Mas hoje eu sou amigo de todo mundo, sou bastante brincalhão, não tem ‘a’ ou ‘b’. Eu brinco da mesma forma com todo mundo. O grupo aqui é unido, maravilhoso, brinco com os goleiros... Não tem aquele ‘a’ ou ‘b’. São todos.

Ainda mantém contato com Lulinha, seu colega de “terrão”?
Tenho contato com ele, falo no MSN, ligo para ele direto. Está certo que só eu ligo, porque ele é um mão-de-vaca, que não quer gastar e fala que eu que tenho ligar. Mas é meu irmão. Fui padrinho de casamento agora de casamento. É uma pessoa que, no futebol, é meu parceiro.

Porque tem jogadores que na base despontam e não conseguem tanto sucesso no profissional e outros que não fazem tanto sucesso na base, mas se destacam no profissional?
Consigo explicar, eu posso falar até mesmo da forma do Lulinha. Algumas pessoas foram muito precipitadas com ele, foram querer dar um passo maior que a perna. Eu sei da qualidade dele, vi o que ele fazia na base e sei o que ele tem condições de fazer aqui no Corinthians. Ele tem contrato longo e eu sei que ele vai dar muitas alegrias pro Corinthians ainda. Eu acho que fui mais na tranquilidade, na boa. Não fui em todas aquelas especulações, mas quando cheguei no profissional tive a felicidade também de fazer bastante gols. Isso também me ajudou bastante.

Você emplacou recentemente uma série de cinco gols seguidos. É o melhor momento de sua carreira?
Não falo o melhor, mas um dos meus melhores momentos. Porque acho que desses três anos que eu estou jogando de titular, só passo por momento bom. Fazendo gols, sendo artilheiro da equipe nas três últimas temporadas. Então espero dar continuidade e ficar ajudando o Corinthians, dando títulos para o clube, como o da Libertadores, que é o meu maior sonho.

Qual momento mais te marcou no profissional: sua estreia, seu primeiro gol ou seu primeiro título?
Para mim, vestir a camisa e entrar em campo pelo Corinthians já é um momento especial. Meu primeiro gol foi muito especial, meu primeiro título. Todos esses que você falou são momentos especiais. É vestir a camisa. Isso para mim é um manto sagrado.

Tem esperança de um dia chegar na seleção?
Sonho! Tenho o sonho de vestir a camisa da seleção. Já vesti na seleção sub-20 e quero muito chegar na seleção principal. Por isso tenho que trabalhar firme e forte para, quando a oportunidade chegar, saber aproveitar.

Alguma vez passou pela sua cabeça que faria o gol 10.000? O que pensou quando marcou? Você sabia era o 10.000?
Eu sabia. Tenho até uma história engraçada para contar. Acho que faltavam cinco gols para o 10.000, eu estava conversando com minha namorada e ela disse: “Amor, você vai fazer esses cinco gols”. Aí, eu falei: “você está de brincadeira, palhaçada você me falar isso”. Pior que os cinco gols foram todos meus, então fiz o gol 10.000. Para mim era um sonho, fazer esse gol e entrar para a história do Corinthians. Isso daí é para a vida toda, estou muito feliz. Espero completar essa felicidade ao ganhar a Libertadores.

No ano passado você jogava com a camisa 31. Este ano é o 17. Algum motivo especial para essas escolhas?
Parece que na Libertadores só pode até o 25, né. Mas eu vou voltar a jogar com a 31, espero. 31 é marca registrada, usei por dois anos. Já usei a 24, a 31 e agora estou usando a 17. Igual ao que eu falei: não importa o número da camisa. Você estar jogando com a camisa do Corinthians é o mais importante de tudo. Mas vou tentar voltar a usar o 31 depois que acabar a Libertadores.

Qual o principal adversário do Corinthians nessa Libertadores?
A Libertadores é um campeonato muito difícil, muito pegado. Os times brasileiros são muito forte, os argentinos também. Então nosso time tem que jogar igual vem jogando, procurar fazer cada partida como se fosse uma final. E o nosso torcedor que tem continuar apoiando, acho que isso vai ajudar, pois ele que a Libertadores é muiot difícil.

Você recebe muitos recados de fãs no site oficial do Timão. Você acessa o site? O que acha desse assédio?
Acesso o site, vou olhar! Fico muito feliz pelos recados do meus fãs, das meninas, dos meninos. Fico muito feliz pelos elogios e, de vez em quando, dou uma olhada sim. Tem muito corneteiro de plantão lá, mas isso faz parte. Agradeço a todo o carinho que eles têm por mim.

Você se acha o jogador mais bonito do elenco?
Com certeza! O jogador mais bonito, o mais simpático, mais belo de todos. De todos os tempos do Corinthians! Pode colocar lá, pode falar para o pessoal mandar recado falando que eu sou o mais belo do Corinthians. Isso daí é certo!

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